terça-feira, 12 de julho de 2011
O 2º Ataque à Monte Castelo
Ainda sob o Comando General Zenóbio, o grupamento designado para o ataque de 12 de dezembro, nele compreendido o REGIMENTO SAMPAIO, a dois batalhões, a CIA. Obuzes a disposição da artilharia.
A entrada em linha para o ataque foi feita em véspera, a noite, nas mesma penosas condições de tentativa de 29 de novembro, sob condições atmosférica ainda mais favoráveis. Por surpresa e sem preparação de artilharia, o ataque de veria irromper as 6:30 da manhã, com os Batalhões Franklin e Syzeno a frente e nessa ordem.
Chovera sem parar e uma neblina irritante restringia a dezenas de metros a difícil visibilidade tornando impossível a regulação dos tiros de artilharia e tampouco se poderia contar com a cooperação prevista de aviação, com sacrifício das informações que dela se esperavam. E para agravar mais ainda tantos contratempos, a artilharia que agia para o setor vizinho, quebra o sigilo, desencadeando seus fogos com trinta minutos de antecedência, isto é, as 6:00 horas. Em consequência, o Batalhão Franklin desemboca quase sem tempo de parada, e em trinta minutos ganha a linha de Le Roncole-C. Guanela, (Cias. Amizaut e Farah) enquanto o Batalhão Syzeno, dava a impressão de ter partido com atrazo, (CIA. José Raul) sendo colhido, desde a base de partida (que apenas vinha de atingir, em fim de marcha) por violentas barragem de artilharia e morteiros do inimigo, já alertado e a postos. Todavia o pelotão Galloti (4ª- CIA), consegue ultrapassar a barragem e ás 8:00 horas estava diante de C.Viteline, onde o seu tenente foi então ferido gravemente. O Coronel Caiado pede insistentemente para os ataques Americanos, cujo o comandante responde não poder agir, pois suas máquinas estavam atoladas na lama. Nada mais podia fazer aquele chefe, forçado assim a assistir o combate de seu regimento, sem recursos para nele intervir.
Todavia , no Batalhão Franklim, impulsionado vigorosamente pelo seu chefe, ás 9:00 horas a Cia. Farah se encontrava audaciosamente diante de C. Zolfo, ( pelotões Bordeaux e Dijiacómo ) já bloqueada pelos fogos de Fornace , e batido de revez, por Mazzancana, enquanto a Cia. Arnizaut , também adentrada ( pelotões Ataída ( Sgt ) e Genito ) se via hostilizada pela retaguarda, pelos fogos C. Viteline.
No Batalhão Syzeno, entretanto , a Cia. Kluge ( 4ª ) tinha, atravessada decisivamente a barragem, mas detidos já, o pelotão Urias e o pelotão Galloti passado de C. Viteline, ( deixadas para traz ) e mais adentrado, o pelotão Apollo da Cia. Waldir (5a- ) em reserva para reforçar ou ultrapassar a Cia. Kluge, que á direita, conseguira progredir até La Cá.
Em curso esta decisão, chega uma informação de que C. Viteline estava abandonada e que já havia tropa amiga em Abetaia e Vale (Batalhão Jacy, do regimento Tiradentes ). Era a garantia do flanco direito do Batalhão Syzeno. Sem embarco, quanto, ás 10:00 horas , a Cia. Waldir vai ultrapassando a Cia. Kluge, com ela se confunde, batidas ambas violentamente não só por C. Viteline como pelos fogos flanqueantes de Abataia e Vale, dadas por desocupadas, provocando confusão e incerteza. Uma lástima este contratempo, por que o Batalhão Franklim já tinha suas avançadas no sopé do Castelo.
A situação se fazia critica para o Batalhão Syzeno. Uma Cia. ( cap. Bueno, então gravimente ferido ) o Batalhão Jacy, se esfacela diante das casamatas de Abetaia, que o inimigo mantia tenazmente. Por outro lado, no Batalhão Franklin, uma informação do escalão superior fazia suspender os potentes fogos de .50 ( pelotão Silva Reis ) com que ele se protegia das resistências de Fornace e Mazzancana, a sua esquerda. É que uma informação chegada dera aqueles pontos como ocupados por tropas amigas, que assim estaria perdendo gente por tropas amigos. O Batalhão Franklin foi, desse modo, forçado a se aferrar ao terreno, para melhor se proteger daqueles pontos, donde o inimigo lhe alvejava de flanco e de revez , rudemente.
As reações imediatas de Fornace e Mazzancaa , de Abetaia e Vale, de flanco e de revez e mesmo de C. Viteline; a indecisão que tais informações causaram, tornaram insustentáveis a situação, diante de um inimigo que resistia obstinadamente. E embora fosse acionada a reserva (Batalhão Cândido ), a pedido do comandante do Sampaio, esta chega fora de qualquer possibilidade eficaz de intervenção. Chovera e a visibilidade era restrita.
Ás 12:30 o ataque é dado como fracassado (principalmente porque tivera os dois flancos expostos ) e as 15:00 horas a situação era a que se segue: No Batalhão Franklin, ( III ) a cia. Farah ( 9a, pelotão Bordeaux, Machado, Cirne e Dijiácomo), muito desfalcada e apoiada no retraimento pelos pelotões Guinemé e Siqueira, da Cia. Amadeu (8a. , mais os pelotões Wilson e Zamora) mantendo Guambaiana com dificudade; e a Cia. Arnizaut ( 7a-, pelotão Rocha, Genito, Nobrega e Ataíde) em 744, fortemente batida de 799. ( pelotões Genito e Ataíde ). A Cia. Floriano ( Petrechos ), na base de fogos ( pelotões Eurípedes, Glauco Mazza e seções Lana e Travassos).Apesar do seu sensível avanço, no recuo, o Batalhão Franklin recolheu quase todos os seus feridos, poucos tendo ficado na palmilhada terra de ninguém.
No Batalhão Syzeno (III), a Cia. Waldir ( 5a-, pelotão Sigismundo, Gibson, Darcidio e bicudo) com o pelotão Sigismundo na região de La Cá e o pelotão Gibson em C. Guanela, detidos; a Cia. Kluge ( 4a, pelotões Urias, Achiles, Rosa e Murilo ) com o pelotão Achiles esfacelado por La Cá, o pelotão de Urias na baixada de Abetaia e um grupo de pelotão Rosas (sgt) á direita de C. Viteleni, todos igualmente detidos; a Cia. José Raul, ( 6a, pelotões Chaon a esquerda de C. Viteleni; a Cia. Celestino, ( petrechos ) em base de fogos (Pelotões Ribeiro, Dias, Hugo, Castro, Filho e Seções Nilton e Walter).
Finalmente, as 15:40, o General Zenóbio passa o comando da frente para o Coronel Caiado de Castro, determinando o retraimento paras as linhas de partida. Estas deveriam ser guarnecidas pelo Regimento Tiradentes, reforçado, e os Batalhões de Sampaio se reagrupariam à sua retaguarda.
Esta infeliz jornada de 12 de dezembro, incontestavelmente o mais duro revez sofrido pela F.E.B, na Itália, e no qual tudo conspirou contra o êxito, trouxe preciosos ensinamento para as operações futuras. Em sã consciência, porém, a ninguém é licito responsabilizar pelos seus fracasso, que se deve creditar, com fato consumado, é realidade da Guerra.
Fracassado o ataque de 12 de dezembro, o esgotado REGIMENTO SAMPAIO do brutal esforço que vinha dependendo, passou ele a um repouso relativo, como reserva de divisão, reagrupando-se entre Sila e Porreta, o P. C. Novamente em Corveta.
Continua….
Fonte: Livro ”Do Terço Velho ao Sampaio da FEB”
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