Um software nacional capaz de processar dados de diversas fontes de captação como radares e satélites e consolidá-los em uma única apresentação visual para o controlador de voo será implantado nos Cindactas (Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo). De acordo com a FAB (Força Aérea Brasileira), o Sistema Sagitário vai substituir o atual X-400 e já apoia o controle de tráfego aéreo no Nordeste, Sul e Sudeste do país.
O sistema traz inovações em relação ao atual e permite, por exemplo, a sobreposição de imagens meteorológicas sobre a imagem do setor de controle. O objetivo é acompanhar, por exemplo, a evolução de mau tempo em determinada região do país. Os planos de voo também podem ser editados graficamente sobre o mapa possibilitando a remoção e reposicionamento de pontos do plano, cancelamento de operações. Assim, segundo a FAB, o controlador poderá acompanhar melhor a evolução do que estava planejado para o voo.
De acordo com o presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo, o brigadeiro do ar Carlos Vuyk de Aquino, o Sistema Sagitário permite que o controlador tenha mais ferramentas à sua disposição.
- Ele vai facilitar a vida do piloto e trazer mais segurança para o próprio operador ao tomar as decisões ou efetuar determinadas autorizações ao comandante da aeronave. Em termos práticos, as ações poderão reverter em menor tempo de voo, com consequente economia para a empresa aérea, menor emissão de gases e também acredito que possa refletir no aumento da pontualidade das empresas.
Segundo Aquino, o sistema também privilegia a interação ao reduzir os comandos de teclado, permitir maior concentração ao controlador e diminuir a fadiga do operador.
- O Sagitário permite ao controlador executar todos os comandos necessários e todas as coordenações por meio do mouse. As cores da tela também foram estudadas para que não fossem agressivas nem cansativas.
O Sagitário está em funcionamento nos Cindacta II e III, que ficam em Curitiba e Recife. Cerca de R$ 9 milhões foram investidos no desenvolvimento do software. Outros R$ 15 milhões devem ser aplicados na implantação do sistema nas outras unidades de controle de tráfego. Até o final deste ano, o sistema deve ser implantado em Brasília, no Cindacta I.
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