O Comando da Aeronáutica recebe na Espanha, ao longo desta semana, o primeiro avião de patrulha marítima P-3AM modernizado. O grupo de técnicos e pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) trabalha na Airbus Military, integrante do grupo EADS, contratada para revitalizar 9 aeronaves de um lote de 12. A empresa europeia fornece o novo sistema eletrônico, digital.
O valor do programa é estimado em US$ 500 milhões, cerca de R$ 1,3 bilhão pela cotação média do dólar em abril de 2005, quando o financiamento foi formalizado.
O pacote total envolve 12 aeronaves. Nove serão operacionais e as outras três, utilizadas como reservas de peças e componentes. Há uma boa razão para isso. Os P-3 foram fabricados pela americana Lockheed entre os anos de 1964 e 1965. Há uma certa dificuldade em obter material de reposição.
Os aviões vão ficar em Salvador, operados pelo 1.º/7.º Grupo de Aviação – Esquadrão Orungan. Os especialistas em aviação de patrulha da FAB poderão levar a observação oceânica até o limite da África, expandindo consideravelmente a capacidade de busca e resgate.
A Força considera a possibilidade de submeter a um programa de atualização tecnológica a frota de 20 bimotores P-95A/B, o Bandeirulha, versão de vigilância do mar montada sobre o velho Bandeirante, primeiro modelo produzido pela Embraer, em São José dos Campos.
A FAB comprou 22 unidades do tipo em dois lotes. Com 2,7 mil km de raio de ação e radares que, embora eficientes, não apresentam bom desempenho fora das missões de observação, o P-95A/B pode ser habilitado para cumprir tarefas específicas suplementares de inteligência e de coleta de informações.
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