quinta-feira, 28 de julho de 2011

CIB realiza cursos para os Blindados Leopard

Santa Maria (RS) – Com a chegada do novo lote de blindados da família Leopard, ocorrida no mês de junho, possibilitou ao Centro de Instrução de Blindados desenvolver os Cursos de Operação da Família de Blindados Leopard. Nesse lote, desembarcaram a Viatura Blindada Especializada Lança-Pontes (VBE L Pnt), a Viatura Blindada de Combate de Engenharia (VBC Eng) e a Viatura Blindada de Combate – Carro de Combate (VBC – CC).

As VBC Eng, VBC L Pnt e VBC – CC LEOPARD 1 A5 BR foram utilizadas como meio de instrução, simulando as atividades desenvolvidas em operações militares. 57 Oficiais e Sargentos de Organizações Militares do País freqüentaram os cursos.

O CIB é a Organização Militar (OM) que possui, como uma de suas missões, planejar e conduzir cursos e estágios, presenciais e a distância, destinados a especialização e extensão de oficiais e sargentos ocupantes de cargos e funções em OM blindadas/mecanizadas.

Assim, no dia 15 de julho, foi realizada a formatura de encerramento dos Cursos de Operação da Família Leopard. O evento foi presidido pelo Comandante da 3ª Divisão de Exército, General-de-Divisão Sergio Westphalen Etchegoyen, e contou com a presença de autoridades civis, militares e familiares dos Estagiários.






FONTE : EB

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Exército brasileiro dispara foguetes em Goiás

Vice-presidente e ministro da Defesa assistiram ao treinamento

 

 São Paulo – Com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, e do ministro da Justiça (sic), Nelson Jobim, o Exército brasileiro fez uma demonstração nesta quinta-feira (21), em Formosa (GO), do funcionamento do sistema Astros de foguetes.

No começo do mês, outro exercício semelhante tinha sido executado na presença de parlamentares. O trabalho desempenhado pela Artilharia de Campanha e de Defesa Antiaérea do Exército tem o objetivo de demonstrar a importância da indústria nacional no desenvolvimento e na produção de materiais de defesa com tecnologia agregada.

Segundo o Ministério da Defesa, o Astros II pode disparar foguetes de três calibres distintos e de diferentes alcances usando a mesma plataforma, sendo que a distância útil de tiro pode chegar a 90 km. O sistema é desenvolvido pela brasileira Avibrás, cujos trabalhos estão sendo feitos em conjunto com o Exército.

FONTE: Portal Exame / FOTO: Antonio Cruz/ABr / VÍDEO: iG

Estágio Básico do Combatente de Força de Ação Rápida



No período de 11 a 15 de julho, a 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) realizou o Estágio Básico do Combatente de Força de Ação Rápida (EBCFAR), na cidade de Caçapava (SP).

O estágio se desenvolveu nas Bases de Instrução do Forte Ipiranga, na Fazenda Santo Antônio, na Fazenda da Engesa e no Campo de Instrução de Técnicas Especiais.

Participaram do Estágio mil duzentos e sessenta e dois militares das Organizações Militares Subordinadas da Brigada Aeromóvel.

O estágio teve como objetivos: coordenar a realização, de forma centralizada, do EBCFAR para o Efetivo Variável e para o Efetivo Profissional que não realizou em anos anteriores; aperfeiçoar e desenvolver, nos executantes, os atributos básicos da área afetiva para o combatente Aeromóvel; registrar indicadores de desempenho para o Período de Instrução Individual, específico de uma tropa da Força de Ação Rápida; identificar o nível alcançado na instrução individual do Efetivo Profissional e Efetivo Variável; aprimorar o espírito de corpo, o sentimento de cumprimento de missão e a mística da tropa aeromóvel; e aprimorar as técnicas, táticas e procedimentos em Operações de Garantia da Lei e da Ordem.

Encerrando as atividades, foi realizada a formatura de entrega de distintivo de Organização Militar integrante da Força de Ação Rápida (FAR) aos concludentes do Estágio e os certificados aos destaques do EBCFAR.



FONTE e FOTOS: EB

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sargento Max Wolff Filho – o último desejo



“ Aos parentes e amigos. Estou bem. À minha querida filhinha – Papai vai bem e voltará breve”.

 

 A rajada de metralhadora rasgou o peito do Sargento Max Wolff Filho. Instintivamente ele juntou as mãos sobre o ventre e caiu de bruços. Não se mexeu mais. O tenente que estava no posto de observação apertou os dentes com força, mas não disse uma palavra. Quando perguntado se o homem que havia tombado era o Sargento Wolff, ele balançou afirmativamente a cabeça.

Menos de uma hora antes, falara de sua filha, uma menina de 10 anos de idade, e de sua condição de vivo. Pediu para que enviassem um bilhete com os dizeres: “aos parentes e amigos. Estou bem. À minha querida filhinha – Papai vai bem e voltará breve”.

As últimas palavras do sargento – um dos soldados lhe pedira uma faca, e ele respondeu, sorrindo: “Tedesco não é frango”.

Wolff havia partido com seus homens, por sebes e ravinas, percorrendo a denominada “terra de ninguém”.

O primeiro objetivo da patrulha eram três casas, a menos de um quilômetro, que foram atingidas às duas horas da tarde. O grupo cercou as três construções em ruínas e o sargento empurrou com o pé a porta de uma delas, nada encontrando.

Às duas e meia da tarde, a patrulha estava a menos de cem metros do último objetivo: um novo grupo de casas sobre a lombada macia. O Sargento Wolff deu os últimos passos à frente. Então uma rajada curta e nervosa rasgou o silêncio do vale e o sargento caiu de bruços sobre a grama. Os outros homens se agacharam, rapidamente, e os alemães começaram a atirar, bloqueando a progressão dos brasileiros com uma chuva de granadas-de-mão e tiros de metralhadoras. Lançaram, em seguida, foguetes luminosos, pedindo fogos de suas baterias. Minutos depois, os projetis da artilharia nazista assobiavam no ar e explodiam no caminho percorrido pela patrulha.

Por volta das dezenove horas, os homens da patrulha do Sargento Max Wolff Filho retornaram ao PC do 11º RI. Mas ele ficara lá. Quando os padioleiros foram até à “terra de ninguém” recolher os corpos e os feridos, os nazistas os receberam com rajadas impiedosas.

Muitos dos homens que voltavam tinham os olhos rasos de água. O Sargento estava morto.

No estreito compartimento onde Wolff guardava seus pertences, estavam a condecoração que o General Truscott colocara em seu peito, poucos dias antes; a citação elogiosa do General Mascarenhas de Moraes; e o retrato da filhinha, de olhos vivos e brilhantes, como os do pai. Tudo, agora, muito vago.

Este foi um dos dias mais tristes para o Batalhão. Perdeu-se um bravo.

Fatos e Homens na Segunda Guerra – 2ª Edição – Bloch Editora SA – Rio – 1967 – Adaptação do texto de autoria do Jornalista Joel Silveira – Revista Verde Oliva – Edição Histórica – Mai/Jun 1995 – FEB – 50 anos de glória.

Filme ‘Heróis’ – O Brasil na Segunda Guerra Mundial




Estréia nesta terça-feira, dia 19 de julho, a primeira série brasileira sobre a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Inspirado em uma história real de três pracinhas mineiros, ela irá contar em 5 capítulos semanais a saga da Força Expedicionária na sua mais sangreta batalha, a de Montese.


Produção 100% Mineira que conta no seu elenco principal grandes atores mineiros como Adriano Gilberti, José Roberto Pereira e Leonardo Fernandes (eleito melhor ator de Minas pelo Prêmio Simparc 2011). A direção é do jovem Guto Aeraphe, apontado por alguns jornalistas como revelação do novo cinema independente brasileiro.

Numa parceira inédita no Estado, a série será exibida através do Portal Uai, empresa do grupo Diários Associados, um dos maiores grupos de mídia do país. Além da web, o jornal Estado de Minas e a TV Alterosa/SBT farão uma série de repotagens sobre o assunto, dando ao espectador mais do que entretenimento e sim conhecimento sobre um período tão importante da história do Brasil e mundial.

Você não pode perder!

Para ver o trailer, fotos de making of, diários de produção e outras informações acesse o site oficial do filme www.heroisdafeb.com.br , também o nosso blog www.heroisofilme.blogspot.com.br, ou ainda nossa página no Facebook http://www.facebook.com/pages/Filme-Her%C3%B3is-O-Brasil-na-Segunda-Guerra-Mundial/161331443930225

Site do Portal Uai www.uai.com.br


Exército abre inscrições para 95 vagas no Instituto Militar de Engenharia

Candidatos devem ter nível médio, no mínimo 16 anos e no máximo 22 anos de idade

 

O Comando do Exército, por intermédio do Instituto Militar de Engenharia (IME), abre neste domingo (17) as inscrições para o Concurso de Admissão ao Curso de Formação e Graduação de Oficiais da Ativa do Quadro de Engenheiros Militares, que oferece 52 vagas, e para Admissão ao Curso de Formação e Graduação de Oficiais da Reserva do Quadro de Engenheiros Militares, que oferece 43 vagas.

O Instituto Militar de Engenharia localiza-se na cidade do Rio de Janeiro. É o estabelecimento de ensino do Departamento de Ciência e Tecnologia, responsável, no âmbito do Exército Brasileiro, pelo ensino superior de engenharia, voltado para o emprego militar, e pela pesquisa básica, tendo como finalidade formar recursos humanos para atender às necessidades do Exército. Ambos os cursos graduam engenheiros entre as especialidades oferecidas, definidas anualmente pelo Estado-Maior do Exército.

A distribuição dos alunos pelas várias especialidades é feita respeitando-se a classificação acadêmica durante o ciclo básico do curso de graduação em engenharia. As especialidades a serem oferecidas aos alunos que concluírem o ciclo básico no ano de 2011 são fortificação e construção (engenharia civil) – elétrica – eletrônica – comunicações – mecânica e de armamento – mecânica e de automóveis – materiais – química – cartografia – computação.

Ativa

O Curso de Formação e Graduação de Oficiais da Ativa destina-se a candidatos de ambos os sexos, com ensino médio, que desejam seguir a carreira militar. O curso tem a duração de cincos anos e currículos estruturados para atender à graduação em engenharia militar e à formação do oficial.

Ao matricular-se, o candidato adquire a condição de militar e de aluno do Curso de Formação de Oficiais da Reserva do IME e recebe fardamento, alimentação, assistência médica, dentária, psicológica, alojamento e soldo. No 5º ano, passa a 1º tenente. Ao término do curso será nomeado oficial da ativa do Quadro de Engenheiros Militares e terá pela frente toda a carreira a seguir no Exército, passando gradativamente pelos postos de 1º tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel. Dependendo do seu aperfeiçoamento e desempenho profissional, poderá galgar os postos de General-de-Brigada e de General-de-Divisão.

Reserva

O Curso de Formação e Graduação de Oficiais da Reserva destina-se aos candidatos com ensino médio, que não desejam seguir a carreira militar. O curso tem a duração de cinco anos e currículos orientados para atender à graduação em engenharia e à formação de oficial da reserva.

Ao matricular-se, o candidato adquire a condição de militar e de aluno do Curso de Formação de Oficiais da Reserva do IME, que está estruturado para funcionar no primeiro ano do Curso de Formação e Graduação/Reserva. O aluno receberá fardamento, alimentação, assistência médica, dentária, psicológica, alojamento e soldo, apenas durante o Curso de Formação de Oficiais da Reserva.

Ao concluir o curso, o aluno prosseguirá os quatro anos restantes, na situação jurídica de civil, como aluno do curso de graduação. Por se tratar de uma Organização Militar, o aluno civil deverá manter conduta compatível com a instituição, devendo obedecer às Normas Internas para Controle Disciplinar de Alunos Civis do IME e à Lei do Ensino no Exército.

Após a conclusão do Curso de Formação e Graduação/Reserva, o aluno que optar por ser oficial da reserva de 2ª classe poderá realizar, em caráter voluntário, o Estágio de Instrução Complementar de Engenheiro Militar, com duração de 12 meses.

Requisitos, inscrições e provas

Os candidatos devem ter nível médio, no mínimo 16 anos e no máximo 22 anos de idade, completados no período de 1º de janeiro a 31 de dezembro de 2011.

Para efetuar a inscrição, o candidato deverá preencher o formulário de inscrição de forma eletrônica, no site www.ime.eb.br, até 2 de setembro, e realizar o pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 95,00.

O processo seletivo terá exame intelectual, inspeção de saúde e exame de aptidão física. O exame intelectual será realizado entre os dias 7 e 27 de outubro.

FONTE: G1

 

sábado, 16 de julho de 2011

MARINHA abre 800 vagas para Nível Técnico



A partir de agosto estarão abertas as inscrições para candidatos com Nível Médio Técnico completo, de ambos os sexos, que desejem ingressar no Corpo Auxiliar de Praças (CAP) da Marinha do Brasil. São cerca de 800 vagas, distribuídas entre as seguintes profissões: Administração, Administração Hospitalar, Contabilidade, Desenho de Arquitetura, Desenho Mecânico, Estatística, Edificações, Eletrônica, Eletrotécnica, Enfermagem, Estruturas Navais, Geodésia e Cartografia, Gráfica, Higiene Dental, Metalurgia, Meteorologia, Mecânica, Motores, Nutrição e Dietética, Patologia Clínica, Processamento de Dados, Prótese Dentária, Química, Radiologia Médica, Secretariado e Telecomunicações.

Entre os requisitos para inscrição estão: ser brasileiro nato, ter entre 18 e 24 anos de idade, ter concluído o curso técnico de nível médio relativo à especialidade a que concorre e estar registrado no órgão fiscalizador da profissão. O Edital será divulgado até o final de julho no site da Diretoria de Ensino da Marinha www.ensino.mar.mil.br. As inscrições poderão ser feitas neste endereço eletrônico ou em uma das Organizações Militares da Marinha, distribuídas em todo o território nacional.

Os candidatos realizarão provas de conhecimentos profissionais e redação. Os aprovados passarão pelo Curso de Formação de 17 semanas, no Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA), na cidade do Rio de Janeiro. Durante o curso, os alunos terão vencimentos mensais de aproximadamente R$800, além de auxílio fardamento, alojamento, alimentação e assistência médico-odontológica. Após aprovação no Curso de Formação, serão nomeados Praças da Marinha do Brasil, na graduação de Cabo, com salário inicial de R$2.200.

“Um dos maiores atrativos da Marinha é a estabilidade e ascensão profissional.
É uma realização e minha família tem orgulho da carreira que escolhi”, afirma a sargento Luana Borges da Silva, que foi aprovada no Processo Seletivo em 2005, na área de Contabilidade.

SERVIÇO:

Processo Seletivo de Nível Técnico (Corpo Auxiliar de Praças – CAP)

Inscrição: Agosto de 2011

Valor: R$ 20,00

Provas: novembro/2011

Informações: www.ensino.mar.mil.br ou (21) 2104-6006

terça-feira, 12 de julho de 2011

Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro produz óculos de visão noturna



Rio de Janeiro – O Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro concluiu a produção de óculos de visão noturna (OVN) – modelo Loris. Os OVN utilizam a tecnologia da otimização da imagem, que funciona através da coleta das minúsculas porções de luz residual, imperceptível ao olho humano, e realiza sua ampliação ao passar pelo tubo intensificador de imagem. Assim, é possível observar a imagem, mesmo estando em ambiente escuro.


Todas as peças e acessórios dos óculos de visão noturna são importadas e recebidas completamente desmontadas pelo Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro, no processo conhecido como CKD (completely knock-down).

Os óculos são alimentados por uma bateria alcalina de 1,5 Volt e têm capacidade de ampliação da imagem de 1 vez, com ajuste focal da objetiva de 25 cm ao infinito, sem possibilidade de aumento ou aproximação. Os OVN permitem o ajuste focal da ocular de – 6 a + 2 dioptrias, permitindo corrigir a deficiência visual do usuário do aparelho.

FONTE: Exército Brasileiro

Sistema ASTROS II realiza lançamento de foguete terra-terra



Brasília – No dia 7 de julho, o Comando Militar do Planalto organizou uma visita ao Campo de Instrução de Formosa, em Goiás, onde o 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes (6º GLMF) realizou um exercício de adestramento de lançamento de foguetes do Sistema de Artilharia de Foguetes para Saturação de Área (ASTROS II). Com um alcance entre nove e 90 km de distância, o Sistema tem como diferencial a capacidade de disparar foguetes de diferentes calibres sobre a mesma plataforma.

O Sistema, que continua em desenvolvimento, e todas as pesquisas vêm influenciando a área de foguetes do País e impulsionando novas tecnologias, conforme explicou o Presidente da AVIBRÁS, Sami Hassuane, empresa que desenvolveu o Sistema junto com o Exército Brasileiro.

O sucesso do ASTROS II deve-se ao fato de o equipamento possuir alta mobilidade e proteção blindada; concentração de grande volume de fogo sobre o alvo; capacidade de estar preparado para pronto emprego praticamente o tempo todo, com possibilidade de bater alvos a grande distância, com reduzido tempo de resposta, possuindo três calibres diferentes sobre o mesmo sistema; reduzida tripulação; e a possibilidade de cada veículo ser transportado por avião cargueiro do tipo C-130, conhecido como Hércules. A viatura de comando e controle é um grande diferencial do Sistema, pois tem a capacidade de coordenar todas as etapas de lançamento de um foguete de forma rápida, precisa e eficiente.

O exercício de tiro, que foi acompanhado também por um grupo de parlamentares, fez parte do treinamento anual do 6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes. Durante o adestramento, os deputados e assessores puderam conhecer o trabalho desenvolvido pela Artilharia de Campanha e Defesa Antiaérea do Exército, demonstrando a importância da indústria nacional no desenvolvimento e na produção de material de defesa com tecnologia agregada e, com isso, as possibilidades de exportação e desenvolvimento de mão de obra especializada, além de verificar a preservação ambiental feita pelo Exército em sua área de atuação.

O evento contou com a presença do Comandante Militar do Planalto, General-de-Divisão Araken de Albuquerque, e dos Deputados Federais Ricardo Quirino, Cesar Colnago e Berinho Bantim, acompanhados de consultores e assessores do Congresso Nacional.



FONTE: Exército Brasileiro

O 2º Ataque à Monte Castelo



Ainda sob o Comando General Zenóbio, o grupamento designado para o ataque de 12 de dezembro, nele compreendido o REGIMENTO SAMPAIO, a dois batalhões, a CIA. Obuzes a disposição da artilharia.

A entrada em linha para o ataque foi feita em véspera, a noite, nas mesma penosas condições de tentativa de 29 de novembro, sob condições atmosférica ainda mais favoráveis. Por surpresa e sem preparação de artilharia, o ataque de veria irromper as 6:30 da manhã, com os Batalhões Franklin e Syzeno a frente e nessa ordem.

Chovera sem parar e uma neblina irritante restringia a dezenas de metros a difícil visibilidade tornando impossível a regulação dos tiros de artilharia e tampouco se poderia contar com a cooperação prevista de aviação, com sacrifício das informações que dela se esperavam. E para agravar mais ainda tantos contratempos, a artilharia que agia para o setor vizinho, quebra o sigilo, desencadeando seus fogos com trinta minutos de antecedência, isto é, as 6:00 horas. Em consequência, o Batalhão Franklin desemboca quase sem tempo de parada, e em trinta minutos ganha a linha de Le Roncole-C. Guanela, (Cias. Amizaut e Farah) enquanto o Batalhão Syzeno, dava a impressão de ter partido com atrazo, (CIA. José Raul) sendo colhido, desde a base de partida (que apenas vinha de atingir, em fim de marcha) por violentas barragem de artilharia e morteiros do inimigo, já alertado e a postos. Todavia o pelotão Galloti (4ª- CIA), consegue ultrapassar a barragem e ás 8:00 horas estava diante de C.Viteline, onde o seu tenente foi então ferido gravemente. O Coronel Caiado pede insistentemente para os ataques Americanos, cujo o comandante responde não poder agir, pois suas máquinas estavam atoladas na lama. Nada mais podia fazer aquele chefe, forçado assim a assistir o combate de seu regimento, sem recursos para nele intervir.

Todavia , no Batalhão Franklim, impulsionado vigorosamente pelo seu chefe, ás 9:00 horas a Cia. Farah  se encontrava audaciosamente diante de C. Zolfo, ( pelotões Bordeaux e Dijiacómo ) já bloqueada pelos fogos de Fornace , e batido de revez, por Mazzancana, enquanto a Cia. Arnizaut , também adentrada ( pelotões Ataída ( Sgt ) e Genito ) se via hostilizada pela retaguarda, pelos fogos C. Viteline.

No Batalhão Syzeno, entretanto , a Cia. Kluge ( 4ª ) tinha, atravessada decisivamente a barragem, mas detidos já, o pelotão Urias e o pelotão Galloti passado de C. Viteline, ( deixadas para traz ) e mais adentrado, o pelotão Apollo da Cia. Waldir (5a- ) em reserva para reforçar ou ultrapassar a Cia. Kluge, que á direita, conseguira progredir até La Cá.

Em curso esta decisão, chega uma informação de que C. Viteline estava abandonada e que já havia tropa amiga em Abetaia e Vale (Batalhão Jacy, do regimento Tiradentes ). Era a garantia do flanco direito do Batalhão Syzeno. Sem embarco, quanto, ás 10:00 horas , a Cia. Waldir vai ultrapassando a Cia. Kluge, com ela se confunde, batidas ambas violentamente não só por C. Viteline como pelos fogos flanqueantes de Abataia e Vale, dadas por desocupadas, provocando confusão e incerteza. Uma lástima este contratempo, por que o Batalhão Franklim já tinha suas avançadas no sopé do Castelo.

A situação se fazia critica para o Batalhão Syzeno. Uma Cia. ( cap. Bueno, então gravimente ferido ) o Batalhão Jacy, se esfacela diante das casamatas de Abetaia, que o inimigo mantia tenazmente. Por outro lado, no Batalhão Franklin, uma informação do escalão superior fazia suspender os potentes fogos de .50 ( pelotão Silva Reis ) com que ele se protegia das resistências de Fornace e Mazzancana, a sua esquerda. É que uma informação chegada dera aqueles pontos como ocupados por tropas amigas, que assim estaria perdendo gente por tropas amigos. O Batalhão Franklin foi, desse modo, forçado a se aferrar ao terreno, para melhor se proteger daqueles pontos, donde o inimigo lhe alvejava de flanco e de revez , rudemente.



As reações imediatas de Fornace e Mazzancaa , de Abetaia e Vale, de flanco e de revez e mesmo de C. Viteline; a indecisão que tais informações causaram, tornaram insustentáveis a situação, diante de um inimigo que resistia obstinadamente. E embora fosse acionada a reserva (Batalhão Cândido ), a pedido do comandante do Sampaio, esta chega fora de qualquer possibilidade eficaz de intervenção. Chovera e a visibilidade era restrita.

Ás 12:30 o ataque é dado como fracassado (principalmente porque tivera os dois flancos expostos ) e as 15:00 horas a situação era a que se segue: No Batalhão Franklin, ( III ) a cia. Farah ( 9a, pelotão Bordeaux, Machado, Cirne e Dijiácomo), muito desfalcada e apoiada no retraimento pelos pelotões Guinemé e Siqueira, da Cia. Amadeu (8a. , mais os pelotões Wilson e Zamora) mantendo Guambaiana com dificudade; e a Cia. Arnizaut ( 7a-, pelotão Rocha, Genito, Nobrega e Ataíde) em 744, fortemente batida de 799. ( pelotões Genito e Ataíde ). A Cia. Floriano ( Petrechos ), na base de fogos ( pelotões Eurípedes, Glauco Mazza e seções Lana e Travassos).Apesar do seu sensível avanço, no recuo, o Batalhão Franklin recolheu quase todos os seus feridos, poucos tendo ficado na palmilhada terra de ninguém.

No Batalhão Syzeno (III), a Cia. Waldir ( 5a-, pelotão Sigismundo, Gibson, Darcidio e bicudo) com o pelotão Sigismundo na região de La Cá e o pelotão Gibson em C. Guanela, detidos; a Cia. Kluge ( 4a, pelotões Urias, Achiles, Rosa e Murilo ) com o pelotão Achiles esfacelado por La Cá, o pelotão de Urias na baixada de Abetaia e um grupo de pelotão Rosas (sgt) á direita de C. Viteleni, todos igualmente detidos; a Cia. José Raul, ( 6a, pelotões Chaon a esquerda de C. Viteleni; a Cia. Celestino, ( petrechos ) em base de fogos (Pelotões Ribeiro, Dias, Hugo, Castro, Filho e Seções Nilton e Walter).

Finalmente, as 15:40, o General Zenóbio passa o comando da frente para o Coronel Caiado de Castro, determinando o retraimento paras as linhas de partida. Estas deveriam ser guarnecidas pelo Regimento Tiradentes, reforçado, e os Batalhões de Sampaio se reagrupariam à sua retaguarda.

Esta infeliz jornada de 12 de dezembro, incontestavelmente o mais duro revez sofrido pela F.E.B, na Itália, e no qual tudo conspirou contra o êxito, trouxe preciosos ensinamento para as operações futuras. Em sã consciência, porém, a ninguém é licito responsabilizar pelos seus fracasso, que se deve creditar, com fato consumado, é realidade da Guerra.

Fracassado o ataque de 12 de dezembro, o esgotado REGIMENTO SAMPAIO do brutal esforço que vinha dependendo, passou ele a um repouso relativo, como reserva de divisão, reagrupando-se entre Sila e Porreta, o P. C. Novamente em Corveta.

Continua….

Fonte: Livro  ”Do Terço Velho ao Sampaio da FEB”

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Exército brasileiro apresenta nova arma de combate




FONTE : R7

Documentário ‘O Lapa Azul’



A memória da Força Expedicionária Brasileira (FEB) na II Guerra Mundial é quase desconhecida por nossos jovens. Hoje dizer que soldados brasileiros estiveram na Europa, lutando contra o nazi-fascismo, causa estranheza às novas gerações.

Consultando os livros escolares de História do Brasil, verifica-se o motivo de tal desconhecimento: em alguns deles a participação da FEB se resume a uma linha. Em muitos, ela é sequer mencionada.

Por seu turno, a bibliografia especializada destaca os aspectos estratégicos e as implicações políticas da guerra, em particular as ações dos líderes militares e civis, deixando o relato do simples soldado no anonimato.

A concepção do documentário visa preencher esse hiato histórico, abordando o conflito sob a ótica do personagem que carregou o mais pesado fardo na II Guerra Mundial — e o faz em todas as guerras : o soldado de infantaria.

A obra revive a memória dos integrantes do III Batalhão do 11º Regimento de Infantaria, conhecido como o “Lapa Azul”, formado, em sua maioria, por jovens oriundos das classes humildes do interior mineiro.

Foram jovens que venceram limitações consideradas insuperáveis para um exército sul-americano, indo desde as de ordem material até o ceticismo dos seus aliados e compatriotas. Por fim, aprenderam a guerrear e a sobrepujar as experientes tropas alemãs, em meio à lama e à neve, nas montanhas dos Apeninos italianos.

Este documentário nasceu inspirado na luta e na garra desses homens, destacando aquele que foi o momento mais importante do Brasil, no cenário internacional, durante o século XX.
Mais do que um exercício de memória, o “Lapa Azul” revela o verdadeiro espírito do brasileiro: humilde, pacífico e generoso por natureza, mas capaz de transformá-lo em guerreiro quando necessário.

FONTE: Blog O Lapa Azul

quinta-feira, 7 de julho de 2011

IV Encontro de Veículos Militares Preservados

Sessão Solene na Associação Nacional dos Veteranos da FEB

‘Muito violentos e agressivos’



Meu colega Francis Hallawey, da BBC, perguntou ao cabo alemão o que ele achava dos soldados brasileiros. O cabo respondeu:


- São muito violentos e agressivos. Lá na nossa frente os tenentes e os sargentos nos avisam diariamente para termos cuidado com os brasileiros. 

livro ‘O Inverno da Guerra’
de Joel Silveira

Ataque a Monte Castelo



Até aqui o Batalhão Uzêda, tendo sido reserva do IV Corpo no ataque americano repetido no dia 25 em Monte Castelo, não tinha sido empregado. Sua estréia se daria no 1º ataque brasileiro aquela posição, em 29 de novembro.

” Impedir que o inimigo tenha visão sobre a Rota 64″, era o objetivo deste ataque, realizado sob o Comando do General Zenóbio da Costa. A realização do dispositivo foi penosa. Feito na noite de 28 para 29, deslocaram-se as unidades por terreno íngreme e escorregadio da lama e das chuvas dos dias anteriores. Alguns deslocamentos tiveram que percorrer 17 kms em 7 horas ocupando a base de partida às 4 da manhã para atacar às seis(a surpresa ordenada , exigia esta movimentação noturna). Ela foi feita com lentidão devido ao péssimo estado do terreno, a escuridão, ao silencioso acesso as bases, encostas acima, a entrada em posição nos sitios exatos e frente aos objetivos a atacar, ao clarear do dia.

Na hora pré-fixada iniciou-se o ataque, seguido de forte proteção de nossa artilharia, às primeiras reações do inimigo. Até o fim da primeira parte da jornada, tudo indicava o êxito. O Batalhão Uzêda progredia satisfatoriamente sobre Castelo e o Batalhão Cândido, do Regimento Tiradentes no flanco direito, avançava sobre Abetaia. Reagindo violentamente, o inimigo provoca fluxos e refluxos no Batalhão Uzêda, que esgota seus recursos manobrando a Cia reserva, afinal detida. A Cia Mandim atingiu com energia e grandes baixas, inclusive a de seu Cap.( substituído pelo Ten, Vilaboim), o ponto forte 803. A Cia Everaldo alcançou também com vigor a região nordeste de C.Viteline com 1 pelotão mais destacado(pelotão Alípio). Por sua vez a Cia Barreto, manobrada, conseguiu atingir, apesar da barragem, com um elemento avançado( pelotão Cavalcante), a região 744. A Cia Arnóbio apoiou da base de fogo com decisão. Tanques em ação.

A noite, o pelotão Paes Leme(Mtr), repeliu um contra ataque que chegou as suas peças, abatendo o Tenente e praças alemães. Foi este o mais duro e pesado ataque realizado pelo Batalhão Uzêda em toda a Campanha da Itália.

No Flanco à direita, o Batalhão Cândido apenas consegue lançar alguns elementos sobre Abetaia. Por último, não podendo se sustentar nas posições já alcançadas, o Batalhão Uzêda vai cedendo à crescente e mortífera reação do inimigo, recuando. O Batalhão Cândido recua também.O adiantado da hora, já escuro, não aconselhavao emprego do Batalhão Silvino, de reserva, e o recuo geral é determinado pelo General Zenóbio, feito em ordem e sob proteção de nossa artilharia, para as posições de partida.

Falhara mais uma vez a tentativa da conquista de Monte Castelo, apesar dos Batalhões estreantes se terem comportado com valor e eficiência combativa. Na noite seguinte, o inimigo tentou 3 contra ataques as posições iniciais de nosso ataque, sendo sempre rechaçados. E na noite de 1 para 2 de desembro, o Batalhão Uzêda foi afinal substituido, passando a Reserva da Divisão, depois de uma estreia viril em que o cansaço e o inimigo foram superiores às suas possibilidades.



* O Batalhão Uzêda teve 150 baixas e o Batalhão Cândido, cerca de 30 baixas.

Continua…

Batismo de fogo em Torre di Nerone



A manobra defensiva do Comando do Regimento pela Ordem Geral de Operações nº1, constituiu em manter fortemente a região Torre di Nerone-Áfrico (a grosso modo, entre o  Soprassasso e o rio Marano). Guarneceu-o com o Batalhão Syzeno na região Áfrico e com o Batalhão Franklim na torre di Nerone, visando impedir que o inimigo baixasse da crista Aneva-Reno, pelos eixos Áfrico-Marano ou Torre di Nerone-Vaiarana, ameaçando a Rota 64 (Marano-Riola).

Tendo o Regimento Sampaio entrado em linha, em substituição ao 6º R.I., na noite de 21/22 do corrente, foi, foi na noite de 22 para 23 violentamente atacado pelo inimigo, apoiado  em denso bombardeio de Artilharia e Morteiros.

Os grupos de choque inimigos, utilizando largamente armas automáticas, investiram na 1ªparte da noite sucessivamente sobre as Cia. Waldir (5ª) e Cia. José Raul (6ª) e depois sobre as 8ª,9ª e 7ª Cias., com fortes tentativas de infiltração, chegando à distancia do combate à granada de mão. (Cias Amadeu,Farah e Arnizaut).

Na 2ª parte da noite o ataque se generalizou na frente do Batalhão Franklim, que teve todas as suas Cias. acometidas fortemente e, ao mesmo tempo, sobre as 5ª e 6ª Cias.(Batalhão Syzeno)
É que as posições brasileiras metiam ai uma cunha, a mais adentrada do IV Corpo, e Torre di Nerone era o único ponto dela de onde se podia ter vistas sobre o interior das linhas alemãs.

A violência do ataque inimigo, apoiado por intenso bombardeio, durante o qual um G.C. da 5ª Cia, foi envolvido, foi valentemente contida pela tropa do Regimento Sampaio que, apesar de ter entrado em fogo pela primeira vez, não desmereceu as tradições de honra dos seus antepassados.

As posições foram integralmente mantidas e o inimigo rechaçado todas as vezes em que investiu, sofrendo graves perdas, como provam os 36 mortos deixados na frente da nossa posição, além de 8 mortos e 20 feridos, carregados pelo inimigo, segundo declaração de refugiados.

A atitude dos valentes oficiais e soldados do Regimento Sampaio que pagaram com sangue e vidas o seu batismo de fogo, enche de orgulho este comando e a todos os brasileiros que, da Pátria distante, acompanham com amor e orgulho patriótico a atuação dos seus irmãos.

O inimigo voltou a carga em 24 e 25, sob terrível bombardeio e com maior intensidade. Um dos seus aviões despejou as primeiras dez bombas sobre as posições audaciosamente(*), sendo  de novo energicamente repelido. 

Comentou-se que o inimigo experimentara a fôrça dos brasileiros cuja entrada em linha percebera.
NOTA DO EDITOR:(*) Comentário do 3ºSargento  Hélio Fernandes Padilha, do Regimento Sampaio, ao ler esta passagem: “Logo em cima de mim!”

FONTE: Do Terço Velho ao Sampaio da F.E.B.

Continua….

A caminho do Front do Reno



Para a compreensão subsequente dos fatos, porém, necessário se torna passar em revista certos antecedentes. A 15 de setembro, iniciara o Vº Exército sua ofensiva sobre Bolonha (eixo Florença-Bolonha), que então polarizava seu esforço de operações e o do inimigo. Na mesma ocasião, estreara o Dest. F.E.B. contra a Linha Gótica e a 11 de outubro chegava o 2º Escalão, que deveria se armar urgentemente, para participar ainda das operações do Vale do Serchio ( Garfagnano), com o Dest. F.E.B.. Em consequência, porém, da Reunião do Passo de Futa ( 30 de outubro), em que ficou assentado o adiamento para dezembro da Ofensiva de Bolonha, procedeu-se a um reajustamento da ordem de batalha do Vº Exército.


Devia a Divisão Brasileira, sob o Comando do General Mascarenhas, ser retirada do Vale do Serchio para o do Vale do Reno ( rocada), a fim de atuar cavaleiro da Rota 64 ( Pistóia-Bolonha), um dos eixos principais que conduziam a citada ofensiva de bolonha. Seria por isso, armada em uma semana ( 2º Escalão a que pertencia o REGIMENTO SAMPAIO), o que por motivos ponderáveis não foi possivel realizar. Em cumprimento de sua árdua missão, o General Mascarenhas fêz rocar o ex-Dest. F.E.B. ( agora fundido à Divisão) para o front do Reno, já de sua responsabilidade, onde substituiu a 1ª Divisão Blindada Americana e dela herdou uma situação tática difícil. Novas tropas se faziam necessárias à substituição integral dos americanos, ai bastante trabalhados. por outro lado, o Comando Americano decidira a realização de Operações Preliminares no Front do Reno, com a Divisão Brasileira, e as tropas em adestramento na Área de Pisa e Filetole, tiveram que ser aspiradas para o Vale do Reno.



E foi assim que o REGIMENTO SAMPAIO, graças a cooperação entre seus Batalhões (completamento de material bélico), e para o último, à do 11º Regimento de Infantaria (Regimento Tiradentes), teve que fazer seguir o seu Batalhão Syzeno (IIº), que na noite de 20 de novembro entrou em linha, seguindo-se o Batalhão Franklin( IIIº), na noite de 21, os quais substituiram respectivamente, o Batalhão Alípio e o Batalhão Silvino, do regimento Ipiranga. Por sua vez, a 22, o Cel. Caiado entrou na responsabilidade da defesa do Sub-Setor Oeste, instalando seu P.C. em Marano. O Grupo Souza Carvalho (IIIº) fazia o apoio de artilharia. A Companhia Serpa-Sá Campelo  (Obuzes) e o Batalhão Uzêda ( 1º) permaneceram porém, à disposição do Comando da Divisão, em Borgo a Capanne e Lustrola.

* A Cia. Sá Campelo entrou em ação pela primeira vez em Savignano, em apoio ao destacamento Nelson de Melo ( 22 de novembro). Na Cia. Tércio, o pelotão Protásio, destacado como fuzileiro, foi reforçar o Batalhão Syzeno, região de Braineta; e a entrada em linha da Cia como fuzileiro ( Pelotões Protásio, Bastos e Murilo), seu batismo de fogo foi a 4 de dezembro, para guarnecer a brecha com a saída de linha do esquadrão Franco ferreira no flanco esquerdo do Regimento (Vaina de Sotto), batendo o Vale de Marano.

Continua…..

Vale do Reno – A entrada em linha de Batalha


PISA – Aí permaneceria até 13 de novembro, armando-se, equipando-se e recebendo a dotação do material bélico que lhe competia. A instrução tática de além mar foi intensificada e várias turmas de oficiais e praças estagiaram no front do 6º Regimento de Infantaria, na região de Braga.



* Feridos em exercícios de minas em Marina di Pisa: 1º Ten. Luis Gonzaga de Moura e soldado Otonil Nery. 

*Mortos: Cabo Justiniano José Ladeira e soldado Orlando Ferreira Martins. estas foras a primeiras baixas do Regimento Sampaio em solo italiano.

Da Área de Treinamento de Pisa; passou o REGIMENTO a de Filetole, onde foi submetido a um período de verificação de treinamento, sumário, donde os acontecimentos o levaram, antecipadamente, à entrada em linha de batalha, no Vale do Reno. A chegada, pois, do REGIMENTO SAMPAIO ao Teatro de Operações, já o DESTACAMENTO FEB (1º Escalão) estava engajado a fundo contra o inimigo alemão. E curiosa fora a simbologia da estréia dos brasileiros, nesta luta da civilização contra a barbárie: a Torre de Pisa e a Linha Gótica, dois contrastes em confronto. E à sombra muitas vezes secular da venerável Torre que Galileu imortalizara, guerreiros da livre América, com o romper-lhe o cerco, resgatariam à pátria de Colombo a nobre dívida do descobrimento do audacioso flibusteiro genovês…

Continua…………

A chegada da FEB a Itália



Finalmente, sempre no rumo inverso dos antigos fenícios, a 6 de outubro o REGIMENTO SAMPAIO, com o 2º Escalão da FEB, atingia o seu destino, o porto de Nápoles, recentemente libertado.

Era a primeira visão de guerra do Regimento, por entre ruínas e devastações de um “porto outrora magnífico e foi também o seu primeiro contacto com o que é a miséria de um povo vencido. E nossos pensamentos se volveram ao Brasil, diante de tão gritante e cruel contraste, numa incontida homenagem de fé e de confiança no seu risonho futuro; e ali mesmo, frente aquele quadro comovedor, vivemos em plena grandeza, a dignidade de nossa missão! Dois dias depois, numa flotilha de L.C.I. que tomara parte nos desembarques do Sul da França, o Regimento se fez rumo a Livorno.

Magnífica a visão daqueles 56 “cabritos do mar”, em gigantesco comboio, apesar do mau tempo e das guinadas. E muitas foram as apressadas cartas de “lobos do mar” que então se rasgaram… Ao largo de Elba, Napoleão e Waleska nos rememoram o exílio do Grande Corso, os 100 dias e Waterloo!



De Livorno, com seus balões de barragem “a Londres”, todo o 2º Escalão foi transportado para a Área de S. Rossore, nas vizinhanças de Pisa. Com ele seguiu também o REGIMENTO SAMPAIO, por entre deploráveis destruições, ruínas e miséria. Imenso e de aprazível aspecto, antigo Campo de Caça da Real Casa de Itália, com suas alamedas arborizadas de pinho, álamos e ciprestes bem traçadas, era o local. Instalado com todos os recursos higiênicos e disposto em impecável ordem, a vista do acampamento militar causa à tropa brasileira agradável impressão.

*E foi também a primeira prova concreta do espírito organizador do americano além mar: um vasto campo para mais de 5.000 homens compartimentado, com todas as instalações, inclusive banho quente e nenhuma mosca, tudo rústico, simples, de campanha, mas eficiente. Foi ponto de honra para nós deixá-lo como  o encontramos, o que fizemos, não sem tenaz vigilância do nosso S.S.

Continua……

Travessia do Atlântico – O primeiro florão



A simples travessia do Atlântico se fizera para o Regimento Sampaio seu primeiro florão: fez parte da primeira força terrestre latino-americana a cruzar mares para combater numa guerra européia.

Alertados pelos torpedeamentos da costa brasileira,  a viagem se fez em comboio escoltado até Gibraltar por belonaves de guerra americanas e brasileiras.

* Durante a viagem, no primeiro numero de  ” E a Cobra Fumou “, jornal improvisado de bordo dirigido pelo Cap. Pitaluga, apareceu um artigo com o titulo ” Sugestão do Regimento Sampaio “, em que o autor, oficial do nosso Regimento, propunha a adoção de um distintivo humoristico para a F.E.B. à americana com base no já famoso slogan da cobra fumando.

Cruzado festivamente o Equador, dias depois o comboio defrontava as calmarias da costa africana, evocando aquelas 13 rústicas naus de Pedro Alvares Cabral que, 450 anos antes, pelo aviso  de Vasco da Gama delas se deveria afastar. Viveu in locco o Regimento a influência daquelas paragens no descobrimento do Brasil…

A passagem por Gibraltar se fêz à noite, não sem que se pudesse vislumbrar, muito al longe, o Farol de Trafalgar, diante do qual o Grande Nelson destruiu a esquadra francesa, e com ela as esperanças de Napoleão de invasão a Inglaterra…

No dia seguinte, o comboio passou ao largo das Baleares, a ilha dos amores de Chopin e George Sand…

Continua….

Fonte: Do Terço Velho ao Sampaio da F.E.B.

Ilustração: Retirada do site http://www.rudnei.cunha.nom.br/FEB/index.html

EB recebe novo lote do Leopard 1A5BR



No dia 24 de junho, o Exército recebeu um novo lote de viaturas blindadas modelo Leopard 1A5BR, que desembarcou no Porto Novo do Rio Grande.

Foram recebidas 38 Viaturas Blindadas de Combate – Carro de Combate (VBC-CC), que foram transportadas para o Parque Regional de Manutenção/3, em Santa Maria (RS).

Esses blindados pertencem ao quinto lote, estando previstos mais dois. Os carros de combate fazem parte do Projeto Leopard, cujo contrato de compra e apoio foi estabelecido pelo Governo Brasileiro, por intermédio do Ministério da Defesa, com o Governo da República Federal da Alemanha, destinado ao reaparelhamento e modernização das Unidades Blindadas do Exército.

O próximo lote está previsto para outubro e o último para janeiro de 2012.

No total, foram adquiridas 220 VBC-CC Leopard 1A5, sete Viaturas Blindadas Especializadas Socorro (VBE Soc), quatro Viaturas Blindadas Especializadas Lança-Pontes (VBE L Pnt), quatro Viaturas Blindadas de Combate de Engenharia (VBC Eng) e quatro Viaturas Blindadas Escola de Motorista.

Atualmente, o Exército possui 106 unidades do Blindado Leopard 1A5 operando nas Organizações Militares brasileiras.




FONTE: EB

Blindado Guarani recebe torre dotada de canhão



No dia 17 de junho, o Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro (AGR) recebeu a viatura protótipo do Projeto da Nova Família de Blindados de Rodas, do Exército Brasileiro, para a instalação da torre estabilizada não tripulada dotada de canhão 30 mm UT30 BR.



A torre foi montada no AGR pela empresa ELBIT e integrada ao carro produzido pela IVECO para início de testes pelo Centro de Avaliação do Exército.

A nova Família de Blindados de Rodas possui as seguintes características:
  • Capacidade para transporte de 13 homens.
  • Peso bruto: 15t
  • Peso carga útil: 3t
  • Trem de rolamento: 6×6
  • Motor: 300 HP
  • Anfíbia
  • Transportável em aeronave C 130 – Hércules
  • Velocidade máxima: 100 Km/h
  • Proteção blindada contra projéteis 7,62 x 51 AP, podendo receber blindagem adicional.
  • Armazenamento: torre com canhão 30mm ou metralhadora 7,62 ou .50 acionada remotamente.



FONTE: EB

Estratégia do Exército Brasileiro até 2030




1) REAÇÕES INTERNACIONAIS AO PROTAGONISMO BRASILEIRO

O mundo convive com vários focos de instabilidade, como os conflitos no Oriente Médio, na Ásia e no Continente Africano, com conseqüentes riscos à paz global. Além destes, delineia-se no futuro uma disputa pelo controle de recursos estratégicos (hidrocarbonetos, água, minérios, biodiversidade, etc.), dos quais o Brasil é um dos grandes detentores.

Enquanto países desenvolvidos mantêm suas posições usando o poder que detêm ou construindo acordos internacionais favoráveis a seus interesses, nações em desenvolvimento têm de lutar por acesso a novas oportunidades.

Embora não esteja envolvido em conflitos de vulto, o Brasil está inserido nesse contexto de desafios e pretende modificar sua posição no jogo internacional, superando barreiras típicas de quem se localiza na periferia do poder mundial. Esta atitude brasileira poderá propiciar o surgimento de situações conflituosas decorrentes de reações dos países forçados a ceder espaços e da própria cobiça internacional pelo grande volume de recursos naturais do País.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, as reações internacionais ao protagonismo brasileiro intensifiquem-se ao ponto de criar obstáculos à consecução dos interesses nacionais.

2) RECONHECIMENTO EXTERNO DO PODER NACIONAL BRASILEIRO

O processo decisório desencadeado nos organismos multilaterais ou nas relações bilaterais cria situações que podem restringir ou facilitar a inserção internacional do Brasil como ator global.

Atendendo a legítimos interesses nacionais, a política externa brasileira se empenha para levar o Brasil a participar, significativamente, da elaboração da agenda internacional. Daí decorre o pleito por uma posição de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e a busca de acordos com blocos econômicos e grupos de países, visando à crescente inserção do País na construção daquela agenda.

As reuniões do G-20, pelo seu simbolismo político, parecem sinalizar para mudanças nas relações de poder mundial, cujos desdobramentos futuros poderão levar à emergência de novos pólos de poder. Os líderes dos países mais ricos perceberam que o enfrentamento dos grandes problemas globais dependem de coordenação política que envolva os países emergentes.
Nas relações internacionais, os estados costumam ter êxitos quando dispõem de poder nacional que respalde suas posturas – o que ainda não é, efetivamente, o caso do Brasil, em especial quanto ao componente militar do poder nacional.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, o Brasil passe a dispor de poder nacional reconhecido internacionalmente ao ponto de ser capaz de respaldar suas pretensões de maior participação no processo decisório mundial.

3) NEUTRALIZAÇÃO DAS PRESSÕES INTERNACIONAIS SOBRE A AMAZÔNIA

As pressões internacionais sobre a Amazônia têm aumentado, sob a alegação de uma suposta defesa de “interesses maiores da humanidade”.

Países, autoridades e organizações estrangeiras ocultam suas pretensões em relação à importância geoestratégica e às riquezas da região, simulando preocupações com o desenvolvimento da área. Sugerem “direitos de ingerência”, insinuando não ter o Brasil capacidade de cuidar do patrimônio amazônico, com ênfase para o meio ambiente e a questão indígena.

A ameaça é de tentativa de imposição de soberania “compartilhada” mediante aplicação de diretrizes e pelo uso privilegiado dos recursos da região, deixando ao Brasil o ônus da administração sob fiscalização estrangeira.
A neutralização dessas pressões extrapola o campo militar, dependendo muito mais de ações governamentais nos campos político, psicossocial e econômico.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, as ações implementadas pelo governo brasileiro no sentido da proteção e do desenvolvimento sustentável da Amazônia brasileira tenham sido eficazes ao ponto de neutralizar as pressões internacionais sobre a região.

4) INTERESSE INTERNACIONAL SOBRE ÁREAS ESTRATÉGICAS DO BRASIL

É interesse vital das potências de primeira ordem assegurar o acesso às regiões do mundo de valor geopolítico e onde estejam recursos naturais necessários ao seu desenvolvimento e manutenção do status quo.

O Brasil, além da Amazônia, tem outras regiões que podem ser alvo da cobiça internacional, pela riqueza ou posição estratégica. Entre essas áreas, destacam-se: a faixa de fronteira, a plataforma continental atlântica (jazidas de petróleo, biodiversidade, minerais,etc), o “saliente nordestino” e o Aquífero Guarani.

A liderança nacional atribui pouca importância e a sociedade tem dificuldade em perceber a ameaça embutida no interesse internacional, o que se reflete na baixa prioridade conferida ao setor de defesa do País.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, as áreas estratégicas do Brasil sejam alvo de crescente interesse internacional ao ponto de suscitar ações por parte do Estado brasileiro para manter e reforçar sua soberania sobre essas áreas.

5) FORTALECIMENTO DA INTEGRAÇÃO DA AMÉRICA DO SUL

Coerente com princípio constitucional, a iniciativa brasileira de integração regional foi iniciada pela constituição do MERCOSUL e ampliada pelos macroprojetos de integração física da região, estruturados e implementados pela Iniciativa para a Integração Regional Sulamericana (IIRSA), e por empreendimentos de integração energética, dentre outros. O estabelecimento da UNASUL, que surge com o objetivo de construir um espaço de integração e união no âmbito cultural, social, econômico e político entre os países da América do Sul, é mais um marco do processo de integração regional. A criação do Conselho de Defesa Sulamericano (CDS) poderá contribuir para intensificar as medidas de cooperação e confiança mútua entre os setores de defesa dos países da região.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31 de dezembro de 2030, o processo de integração regional evolua ao ponto de permitir a efetiva consolidação da integração da América do Sul.

6) OCORRÊNCIA DE CONFLITOS NA AMÉRICA DO SUL

A paz na América do Sul, considerada uma das regiões do mundo menos sujeita a conflitos armados, pode vir a ser ameaçada pela instabilidade política e social existente em alguns países, pela ação de movimentos de cunho ideológico que apelam para a violência e pelas tensões latentes entre países limítrofes. Com isso, considera-se a possibilidade do Exército Brasileiro vir a participar de conflitos na região, integrando ou não organismos internacionais, como Força de Paz ou em defesa dos interesses nacionais.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, ocorram conflitos na América do Sul ao ponto de envolver militarmente o Brasil.

7) AGRAVAMENTO DA QUESTÃO AMBIENTAL

As questões ambientais têm adquirido importância crescente na agenda internacional, envolvendo temas como as mudanças climáticas, as catástrofes ambientais e as consequencias sociais e econômicas decorrentes.

A ocupação e a exploração de recursos naturais nos principais biomas do território brasileiro, com reflexos no meio ambiente, poderão agravar a questão ambiental no Brasil, gerando inclusive reações internacionais.

No Brasil, a participação do Exército contra delitos ambientais, na faixa de fronteira terrestre, está prevista na Lei Complementar Nr 117, de 2 de setembro de 2004.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, as questões ambientais e as mudanças climáticas tenham se agravado, ao ponto do controle e monitoramento ambiental venha a ser institucionalizado como atribuição, também, das Forças Armadas.

8 ) OCORRÊNCIA DE ATIVIDADES TERRORISTAS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO

O Brasil, até o presente, tem se mantido a salvo de ações terroristas, nos moldes praticados por grupos em conexão com redes internacionais, com a finalidade de desestabilizarem Estados ou deles se vingarem em proporções que causem a generalização do pânico em suas populações. Apesar disso, não se afasta a possibilidade de que iniciativas do governo brasileiro venham a gerar disputas e maior exposição do País no cenário internacional.

Essa exposição tende a ser ampliada em face dos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará os Jogos Mundiais Militares(2011), a Copa das Confederações (2013), a Copa do Mundo (2014), e as Olimpíadas (2016) e da crescente posição de proeminência do País no contexto mundial.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, atividades terroristas venham a ocorrer também no Brasil.

9) AGRAVAMENTO DA PROBLEMÁTICA DA SEGURANÇA PÚBLICA BRASILEIRA

As limitações e carências dos órgãos de segurança pública e o aumento do poder e da violência de grupos ligados ao crime organizado, ou a ilícitos transnacionais, contribuem para agravar a problemática da segurança pública brasileira e criam um ambiente propicio à demanda para emprego das Forças Armadas em segurança pública, ainda que em caráter eventual.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, a problemática da segurança pública brasileira se agrave ao ponto de ser institucionalizado o emprego das Forças Armadas.

10) DESENVOLVIMENTO DE UMA MENTALIDADE DE DEFESA NO BRASIL

A sociedade brasileira não demonstra grande interesse pelos assuntos diretamente ligados à defesa nacional e o tema não é prioritário para as lideranças e os formadores de opinião do País.

A Estratégia Nacional de Defesa apresenta dentre suas metas a de desenvolvimento de uma mentalidade de defesa na sociedade. Nesse sentido, o Ministério da Defesa e as Forças Armadas vêm desenvolvendo iniciativas como programas de incentivo, congressos, seminários e simpósios, dentre outras.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, os assuntos de defesa passem a fazer parte da agenda nacional ao ponto de influenciar decisivamente as políticas governamentais.

11) FORTALECIMENTO DA INDÚSTRIA DE DEFESA DO BRASIL

O fortalecimento da indústria de produtos de defesa no Brasil se constitui em peça fundamental na redução das vulnerabilidades militares do País. Anseia-se que ela seja capaz de produzir parcela significativa dos materiais e equipamentos estratégicos com tecnologia agregada que atenda às necessidades das FA. Isso, no entanto, esbarra em desafios de toda ordem. Grandes conglomerados da indústria de defesa dos países mais ricos bloqueiam tentativas de desenvolvimento das empresas similares dos países menos poderosos.

O aumento dos investimentos em C&T, a competitividade dos materiais produzidos pela indústria de defesa, a transferência de tecnologia (offset) e o aumento do poder de compras das FA são os principais fatores para o fortalecimento da base industrial de defesa brasileira, contribuindo para a redução do hiato tecnológico e para a nacionalização dos materiais de defesa.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, ocorra o fortalecimento da base industrial de defesa brasileira ao ponto de suprir no mínimo 50% das necessidades de material de defesa das Forças Armadas.

12) CRESCIMENTO E SEGURANÇA DE FLUXO DO ORÇAMENTO DO EXÉRCITO BRASILEIRO (EB)

A crescente projeção internacional do Brasil indica a necessidade de um poder militar bem equipado e adestrado.

A eficiência operacional das Forças Armadas é dependente de orçamento compatível e constante. Nas últimas décadas, a escassez dos recursos alocados para o Exército Brasileiro tem redundado em deterioração cada vez mais séria de sua operacionalidade.

Além disso, o orçamento do EB ainda sofre retardamentos, contingenciamentos e considerável volume de recursos são inscritos em restos a pagar, dificultando o cumprimento da sua destinação constitucional.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31 de dezembro de 2030, o governo aumente os recursos orçamentários e assegure um fluxo mínimo destinado a investimentos do Exército Brasileiro.

13) ADEQUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA CRÍTICA ÀS NECESSIDADES DE DEFESA

Os sistemas nacionais que constituem a infraestrutura crítica do Brasil, em especial energia, transportes e comunicações não podem entrar em colapso, pois são indispensáveis ao desenvolvimento do País, devendo também observar às necessidades de defesa nacional.

Atualmente, as obras de infraestrutura crítica não atendem na sua plenitude às necessidades de defesa, acarretando prejuízo ao planejamento estratégico operacional das FA, sobretudo no que tange a comando e controle, mobilização, logística, mobilidade estratégica e outras

O Exército dentre suas atividades subsidiárias executa obras da infraestrutura, mas não participa do planejamento de políticas públicas de forma a adequar as obras realizadas às necessidades de defesa.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, ocorra a adequação da obras de infraestrutura crítica do Brasil para atender às demandas de defesa do país.

14) AGRAVAMENTO DA CRISE DE VALORES NA SOCIEDADE NACIONAL

A História da humanidade tem mostrado que um dos alicerces da grandeza das nações é o respeito a um código tácito de valores morais e éticos. Riqueza, desenvolvimento e poder político, isoladamente, não lhes conferem coesão, bem-estar ou autorrespeito, nem lhes sustentam em desafios extremos.

Nações com vocação de grandeza cultuam pátria, liberdade, honestidade, dever, justiça, vida, família, educação, dignidade e disciplina, entre outros, como sínteses de princípios morais inspiradores de nobres ideais.

A sociedade brasileira enfrenta uma crescente crise moral com desprezo por aqueles e outros valores, disseminada sensação de impunidade e desrespeito ao princípio da autoridade, afetando com isso a coesão nacional.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, a crise de valores na sociedade nacional se agrave ao ponto de contaminar as Forças Armadas.

15) AUMENTO DA INFLUÊNCIA DE ATORES NÃO GOVERNAMENTAIS

Atores não governamentais – ONGs, empresas transnacionais, movimentos sociais e organismos internacionais – têm assumido papéis ativos em temas sociais, culturais, econômicos, ambientais, de direitos humanos e outros. Desvencilhando-se agilmente da burocracia, alguns aproveitam as fragilidades do Estado e ocupam espaço crescente na sociedade brasileira, como se fossem parte do aparato oficial.

Vários deles são prestigiados, pois declaram estar a serviço de causas nobres: culturais, religiosas, comunitárias, ambientalistas, educacionais, de direitos humanos ou de defesa de minorias. Embora alguns deles não se submetam à aprovação popular, procuram influenciar, cada vez mais, a opinião pública e as decisões políticas, trazendo reflexos para todos os campos do poder nacional.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, os atores não governamentais tenham poder sobre o governo ao ponto de influir nas decisões relativas à segurança e defesa.

16) AGRAVAMENTO DAS TENSÕES SOCIAIS

Apesar dos esforços de sucessivos governos e da perceptível melhoria da qualidade de vida da classe mais pobre da população – fator relevante para a paz social -, continuam a existir desigualdades sociais e regionais, motivadas por questões ligadas ao desemprego, déficit habitacional, saneamento básico, saúde pública e educação.

Além disso, a problemática das tensões sociais no Brasil envolve outros fatores, como a ausência do Estado em algumas áreas críticas, a luta pela terra, as questões indígenas e quilombola, os problemas ligados à violência urbana, o crescimento desordenado das grandes cidades e a questão da segurança alimentar.

A questão se refere à probabilidade de que, até 31/12/2030, o agravamento das tensões sociais seja de tal vulto que venham a comprometer a lei e ordem no Brasil.

Transformação do Exército



O processo de Transformação do Exército tem sua origem no diagnóstico de que o Exército Brasileiro não dispõe de capacidades compatíveis com a rápida evolução da estatura político estratégica do Brasil, que caminha, rapidamente, para ocupar a condição de potência mundial. Percebeu-se que a modernização da Força Terrestre era incipiente e que a atual conjuntura demandava um processo bem mais amplo de mudança: a Transformação.


Trata-se, portanto, de um processo que pretende conduzir o Exército ao patamar de força armada de país desenvolvido e ator mundial, capaz de se fazer presente, com a prontidão necessária, em qualquer ponto da área de interesse estratégico do Brasil.

A partir da percepção da necessidade de se transformar o Exército Brasileiro da Era Industrial para a Era do Conhecimento, fez-se mister um planejamento que determinasse um conjunto de ações estratégicas que conduziram esta Transformação – um Projeto de Força (PROFORÇA). Coerente com esta premissa, o PROFORÇA estabelecerá as bases para a Transformação do Exército Brasileiro, constituindo-se no seu principal projeto integrador.

O PROFORÇA apresentará a concepção do Exército Brasileiro para os marcos temporais de 2015, 2022 e 2030, orientando o processo de Transformação.

O ano de 2010 marcou o início da Transformação do Exército. O trabalho está orientado para a elaboração de um diagnóstico e na preparação para a implantação da Transformação. Os 7 (sete) vetores de transformação selecionados – Doutrina, Logística, Preparo & Emprego, Educação & Cultura, Gestão de Recursos Humanos, Gestão Corrente & Estratégica e de Ciência & Tecnologia – orientados pelo PROFORÇA, apresentarão as propostas decorrentes que permitam a experimentação e implantação, a partir de 2012, do Processo de Transformação do Exército Brasileiro.
Saiba mais sobre a Transformação do Exército em:
  • Manual de Transformação – 2ª edição – Clique aqui para baixao os documentos em formato PDF, nas versõesportuguêsespanhol.
  • Portaria Nº 075-EME, 10 de junho de 2010, que aprova a Diretriz para Implantação do Processo de Transformação do Exército Brasileiro.
FONTE : EB